O tomilho é uma erva aromática que guarda alguns segredos. Reza a lenda que na Grécia Antiga o tomilho era dado aos guerreiros porque simbolizava coragem. Claro que nos tempos de hoje, tantos anos depois, o tomilho serve para muitas outras coisas, como apurar um prato ou fazer um maravilhoso chá.
Do nosso lado, na Quinta das Tílias, deixámos mais uma vez a magia das abelhas acontecer. As nossas amigas recolhem o néctar nas flores do tomilho que será processado por elas para dar lugar ao mel de tomilho, dando-lhe assim um sabor doce com algumas notas ácidas. É um mel de aroma floral intenso e persistente (clique aqui para ver).
Mas continuemos nos benefícios do tomilho. Esta erva melhora a aparência da pele graças às propriedades antibacterianas, ajuda o sistema respiratório, baixa a pressão sanguínea e ajuda até a controlar os níveis de colesterol no organismo.
Mais: para além de ser uma fonte de muitos nutrientes (cobre, fibra, ferro, magnésio, vitamina C, vitamina A), o tomilho é também um desinfetante natural. Isto é, o tomilho é um bom trunfo para combater fungos e bactérias, pode ler-se neste artigo da plataforma “Delas”.
No início do texto mencionámos o nosso delicioso mel, por isso convém lembrar que ele só existe por causa das nossas amigas abelhas. E não podemos esquecer, nunca, a importância dos polinizadores para a maioria dos alimentos que compramos no supermercado. Por essa razão, desta vez queríamos dar a conhecer também uma outra beldade chamada queiró. Ou queiroga. Ou urze. Ou, pronto, Calluna vulgaris.
Esta planta não só é adstringente, antisséptica, diurética, antidiarréica, como ainda tem uma substância que protege as abelhas silvestres. “Cientistas do Reino Unido descobriram que uma substância química presente no néctar das flores da Calluna vulgaris – também conhecida como urze-roxa, queiró ou torga – protege os abelhões de parasitas”, conta este artigo do site “The Uniplanet”, citando um artigo da BBC.
“Enquanto os apicultores podem ajudar colónias doentes de abelhas do mel, por exemplo tratando-as diretamente contra os parasitas, não conseguimos ajudar as abelhas silvestres da mesma forma. A nossa descoberta mostra, todavia, que uma voa maneira de ajudar os polinizadores na natureza pode ser proteger plantas medicinais essenciais para eles”, explicou então Hauke Koch, biólogo dos Kew Gardens. É o caso da queiró. Ou queiroga. Ou urze. Ou, pronto, Calluna vulgaris.
Noutro artigo, desta vez no Sapo Lifestyle, João Beles, naturopata e professor no Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa, explicou que a queiró ou urze traz benefícios para uma série de problemas de saúde. “Para além de prevenir e favorecer o tratamento de infeções das vias urinárias, da hiperplasia benigna da próstata e de ser drenante, podendo ser utilizada em procedimentos para desintoxicação geral, a urze também defende o organismo da hipertensão, uma vez que atua como aquarético, prevenindo o problema”, pode ler-se no mesmo artigo.
Mas há mais: “Esta planta, com propriedades relaxantes que acalmam o sistema nervoso, também é usada no tratamento de dores reumáticas e de gota, como amaciador de cabelo, como suavizante de eczemas e como regenerador e fotoprotetor da pele”.
E onde crescem estas plantas belas? Campos, florestas, encostas íngremes e em solo silicoso. Depois ganham a forma de arbusto, que podem chegar até dois metros, ramificando-se das raízes às ramagens.