O mel é como as pessoas. Cada um é como cada qual, não é?, e tem em si a forma como foi magicado, educado ou de onde vem. As raízes. Ou seja, o sabor, aroma e substância de cada mel são diferentes e dependem de alguns fatores.
Esses pequenos traços culturais, a personalidade ou o lugar de origem, são decisivos para todo e qualquer mel. Na verdade, os elementos do mel dependem sobretudo da fonte floral, mas também a época e o ambiente são decisivos para a sua versão final.
À boleia da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas, para começar, vamos partilhar com o leitor da Quinta das Tílias os vários tipos de mel que existem por aí.
Vamos a isso?
Do mel da abelha Apis mellifera, podemos salientar dois: laranjeira e eucalipto. O primeiro é um mel claro, com um aroma e coloração especiais. O mel de laranjeira tem, como esperado, um aroma e sabor cítricos. Também tem propriedades relaxantes, que acalmam a carapaça e o corpo de qualquer um, ajudando em tempos de insónias. A digestão sairá beneficiada com este tipo de mel, diz quem escreve sobre o assunto.
Já o mel de eucalipto é mais escuro, dourado com toques esverdeados, com um gosto doce e com salpicos de notas ácidas. É bastante rico em minerais, algo muito importante para combater as dores de garganta e os sintomas de sinusite, por exemplo. Tem uma ação expetorante.
Depois, explica-nos a Associação dos Comerciantes e Embaladores de Mel de Espanha, temos o mel da planta acácia, cuja cristalização é geralmente lenta. Tem uma cor translúcida e o aroma é floral e delicado. Promove o relaxamento e é um aliado importante contra a anemia.
O mel de tomilho é diferente, tem uma cor âmbar com umas pinceladas a puxar o avermelhado aqui e ali. Aroma floral, divino já sabemos, é doce e ácido, às vezes salgado, é de uma riqueza singular. Quanto à utilidade para a saúde, é famoso pelas suas propriedades antissépticas.
Finalmente, o mel de rosmaninho, que é uma planta (Lavandula stoechas) aromática labiada, nativa do Mediterrâneo, tem folhas lineares e flores em forma de espiga, rosadas ou violáceas. A flor desta planta chama-se alfazema. De cor clara, com aroma característico a rosmaninho, é utilizado de forma tradicional pelas suas propriedades antiespasmódicas e anticonvulsivas. Mais: o mel de rosmaninho da Quinta das Tílias, por exemplo, que pode conhecer clicando aqui, destaca-se pelo aroma floral pouco intenso e um gosto doce e subtil.
O mel é considerado um importante complemento à alimentação, já que tem um alto teor energético e é rico em substâncias benéficas ao equilíbrio do organismo, tais como vitaminas, minerais e aminoácidos. Mas cada mel é um mel, e é isso, o conhecer as suas singularidades, um dos encantos desta arte.
É a magia das abelhas e dos lugares onde os milagres acontecem. Já experimentou quantos tipos de mel? Conheça os nossos aqui.