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A teoria da relatividade de Albert Einstein, publicada em 1915, foi uma revolução na ciência. Foram dez anos a magicar aquela ideia. Mas o legado do alemão vai além dessa imortal contribuição que mudou tudo e tanto. O zumbido das abelhas, o papel das abelhas no mundo, também esteve no pensamento do cientista, segundo algumas publicações.

“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência”, terá sentenciado o génio. Disse ou não disse? Não faltam referências em jornais ou publicações importantes, mas também existem outros sites que dizem que não passa de imaginação. Este artigo da “Forbes”, por exemplo, foi ouvir Michael Pocock, um ecologista do Centro de Ecologia e Hidrologia do Reino Unido. “Não há absolutamente qualquer prova de que Einstein disse isso. Soa a algo que ele poderia dizer, ainda assim…”. A dúvida. O mito. Não deixa de intrigar mais assim, certo? Mas podemos pegar na frase e partir daí.

Quão importante são, afinal, as abelhas e que impacto têm no mundo e na sua economia?

Aquele alerta está num lugar longínquo da nossa memória, mas a pertinência está mais atual do que nunca. Ou deveria estar. Uma publicação da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, do ano passado, revelou um dado preocupante: das 68 espécies de abelhas existentes na Europa, 24% estavam em extinção em 2014. Nos Estados Unidos desapareceram 44% das colónias existentes em 2016. O papel das abelhas, já o referimos algumas vezes, é importantíssimo para o mundo como o conhecemos. Já imaginou um planeta sem maçãs, cenouras, beringelas, alho, cebola, manga e por aí fora?

“É muito provável que estejamos a perder algumas espécies para sempre, tendo em conta os dados disponíveis nos Estados Unidos e na Europa”, afirmou em 2019 Abram Bicksler, responsável pela divisão de Proteção e Produção de Plantas da FAO [Organização para a Alimentação e Agricultura] das Nações Unidas. E porque está isso a acontecer? Ora bem, na maioria dos casos “está relacionado com a atividade humana”, nomeadamente com o recurso excessivo de pesticidas e práticas agrícolas intensas, por exemplo.

Colmeia com Abelhas, Abelha a Recolher Pólen de uma Flor

 

Por outras palavras: a polinização de mais de 70% das plantas é da responsabilidade das nossas amigas fardadas de preto e amarelo. Ainda de acordo com a FAO, 85% das plantas com flores das matas e florestas dependem dos polinizadores. “A polinização das abelhas é fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em diversas culturas agrícolas”, garante a organização no seu website.

“A falta de abelhas provocaria um efeito cascata”, explicou à BBC Carolina Starr, consultora de biodiversidade e serviços dos ecossistemas da FAO. “Se não temos sementes, não temos pasto, flores, frutas, nem animais que se alimentam de frutas. As abelhas e os demais polinizadores desempenham um papel fundamental na regulação dos ecossistemas.

Hoje em dia já se vai escrevendo mais sobre o tema. A noção de que vemos poucas abelhas vai assombrando cada vez mais a nossa consciência. Há mais conhecimento e informação, é certo. Estamos mais conscientes. Mas os avisos de hoje já foram verbalizados no passado (supostamente, sim). “Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora; sem flora não há animais; sem animais não haverá raça humana”, terá dito Einstein.

Pocock lembra à “Forbes” que, apesar de tudo, há mais polinizadores na Terra e dá a entender que o fim do mundo estará longe. Mesmo que a raça humana não acabe, haverá muitas espécies de plantas, frutos e animais que poderão estar em risco. Vislumbra-se fome e miséria no horizonte. O mundo não será definitivamente melhor sem as abelhas, parece consensual.

É importante reter outra informação que um dia aprofundaremos: segundo dados do Parlamento Europeu (2018), o valor económico do papel das abelhas na Europa está estimado em 14,2 mil milhões de euros.

Depois disto tudo, resta-se nos perguntar uma coisa. O que vai fazer quando se deparar com uma abelha: enxotar, assobiar, tentar matá-la… ou agradecer?

ps: já que não conseguimos verificar e confirmar a declaração de Albert Einstein sobre as abelhas, deixamos uma para a troca. Conhece “Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo”, certo? Não foi Fernando Pessoa que o disse ou escreveu (ver aqui).

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