Quando era bebé, Ambrósio foi deixado no berço, no jardim, numa bela manhã de primavera, em que o sol fazia o que o sol faz sempre. Pouco depois, naquela terna e efémera solidão, um enxame de abelhas pairou sobre a cara do pequeno Ambrósio e deixou-lhe uma gota de mel na boca. Reza a lenda que foi assim que o pai de Ambrósio percebeu que o filho seria alguém eloquente e cativante.
Aquele pedaço de mel adocicou a trajetória que teria dali para a frente, aquela gota de mel semeou a bondade e a caridade que pautariam a sua vida. O Santo Ambrósio foi sempre conhecido por ter um discurso agradável, gentil, recorrendo até a metáforas comparando a Virgem com as abelhas. E já sabemos quão valiosas são as abelhas no seu dia a dia, no que fazem por nós, na complexidade da sua sociedade e das suas tarefas. São seres divinos.
Segundo alguns textos de sites afetos a temas religiosos, é possível ler-se que o Santo Ambrósio faz parte de um importante leque de personalidades, entre os cristãos dos primeiros séculos, que através dos seus estudos e ensinamentos refinaram a doutrina católica, servindo muitas vezes como bússola segura para os demais católicos.
Por mediar e ordenar uma discórdia em Milão, uma disputa entre pessoas de doutrinas diferentes, acabou por ser surpreendentemente nomeado Bispo daquela cidade. Aconteceu a 7 de dezembro de 374.
E foi assim, por estas histórias e episódios, que o Santo Ambrósio se transformou no padroeiro das abelhas e no protetor dos apicultores. E, claro, é por isso que no dia 7 de dezembro se celebra o dia do Santo Ambrósio. Depois de ser considerado santo, a sua imagem passou a ser representada com um cortiço e com abelhas. A sua figura e este dia, especiais em Milão, são celebrados também em Portugal.