O própolis (veja aqui todos os nossos produtos de própolis), utilizado por sacerdotes egípcios e gregos num tempo distante, é uma goma ou resina de composição complexa que é recolhida pelas abelhas a partir de várias plantas, que desenvolveram esse mecanismo para a proteção das suas folhas, flores e frutos. A finalidade é só uma: prevenir infeções que resultam de feridas ou cortes, por exemplo. Ou seja, através da produção de uma substância resinosa com potencial antimicrobiano, o própolis, as plantas impedem a sua putrefação. A substância é à prova de água e com propriedades de isolamento térmico. É mais um milagre da natureza…
O própolis pode ter cor verde-pardo, castanho ou um tom encarniçado, havendo casos em que é quase negra, pois tudo depende da sua origem botânica. O própolis é usado para vedar e desinfetar as colmeias, pois tem propriedades antifúngicas e antibacterianas. Mais: sem essa defesa proporcionada pelo própolis, as colmeias estariam mais sensíveis a vírus e bactérias e vulneráveis a insetos e microrganismos invasores.
E quem é que vai garimpar esta substância milagrosa?
Ora, o própolis é recolhido pelas abelhas obreiras que têm mais de 15 dias de idade e que são especializadas para esta atividade. Estas abelhas são geralmente mais velhas do que aquelas que constroem o favo, pois têm as suas glândulas produtoras de cera atrofiadas. Favo é a estrutura feita de cera ou de fibras vegetais usadas pelas abelhas e vespas para a construção das colmeias. Retomando, o processo é mais ou menos simples: as abelhas utilizam o resultado do metabolismo de defesa das plantas para protegerem as suas colmeias, recolhendo as resinas de rachas na casca de árvores, de folhas e ramos. Após a recolha e, à semelhança do que fazem com outros produtos da colmeia, adicionam enzimas salivares. Esta goma já mastigada é seguidamente misturada com cera de abelha e outros materiais estranhos à sua composição.
De acordo com este artigo da “Veja”, de 2017, “não param de sair estudos apontando a eficácia do própolis contra vírus, bactérias e fungos”. A reboque de uma investigação levada a cabo por membros de duas universidades brasileiras, aquela revista brasileira revelou que, “para além de combater o excedente de radicais livres, já associado ao envelhecimento precoce e a danos celulares”, o própolis “mostrou-se bastante eficaz frente aos micróbios”. Segundo aquele estudo, o própolis tem um impacto positivo no combate às amigdalites e acne, por exemplo, assim como protege os dentes e fortalece a imunidade.
O que sabemos hoje, afinal, sobre os vários compostos presentes no própolis?
Pelo menos, que provêm de três fontes: de resinas de plantas recolhidas pelas abelhas, de substâncias segregadas pelo metabolismo das abelhas (cera e enzimas salivares) e ainda de outras substâncias, introduzidas durante a elaboração do própolis.
Na Quinta das Tílias, onde temos vários produtos com esta substância que garante uma ação antioxidante, acreditamos que o própolis se trata de um produto com um mercado altamente promissor, que se pode transformar numa importante fonte de rendimento para o apicultor. Afinal, esta é bastante utilizada em apiterapia para a elaboração de inúmeros medicamentos e, considerando que atualmente existe grande procura por produtos naturais e de qualidade, torna-se imprescindível que o apicultor capriche ao máximo para não alterar as suas propriedades, procurando evitar ou reduzir ao máximo o nível de contaminantes.
Os principais países produtores de própolis são Rússia, China, Estados Unidos, Brasil e Austrália. Na União Europeia os líderes neste segmento são França, Espanha, Itália, Alemanha e Bulgária. Os principais mercados moram em países como Alemanha, Itália, França, Suíça, Japão e Estados Unidos.
Pontos-chave:
- O própolis é uma goma ou resina de composição complexa que é recolhida pelas abelhas a partir de várias plantas, que desenvolveram esse mecanismo para a proteção das suas folhas, flores e frutos.
- O própolis, que contém enzimas salivares das abelhas (que a misturam com a sua cera e com outros materiais estranhos à sua composição), é usado para vedar e desinfetar as colmeias, pois tem propriedades antifúngicas e antibacterianas.
- O própolis é recolhido pelas abelhas obreiras que têm mais de 15 dias de idade e que são especializadas para este fim.
- Esta substância é eficaz contra vírus, bactérias e fungos, mas não só, combate o excedente de radicais livres, já associado ao envelhecimento precoce e a danos celulares, assim como é bastante eficaz face a micróbios. O própolis, dizem vários estudos, fortalece a imunidade